Parem com esse idealismo vulgar

Parem com esse idealismo vulgar

Eu desejo, eu quero e luto,

Mas nas condições existentes.

Não posso transformar a realidade

Acreditando que ela seja como acho que deveria ser,

Não se transforma uma sociedade idealizada,

Transforma-se a realidade dessa sociedade.

Parem com esse idealismo vulgar

Que em nada contribui para a luta real,

Vocês erram não pela razão a que lutam,

Mas por conceber equivocadamente o real.

Poema elaborado por Alcides Junior em 28/11/2011.

Um brinde à nova idade, um brinde à felicidade

Um brinde à nova idade, um brinde à felicidade

(Alcides Junior) – (05/12/11) *Aos meus 25 anos em 06/12/2011

Créditos ao Blog Passionless, Pointless

Agora é meu momento egoísta,

Todos merecem um momento assim,

Um pouco narcisista.

Agora é meu, somente meu momento,

E espero saber aproveitá-lo bem,

A contento.

Mas como não sei ser mesquinho

Compartilho com vocês minha alegria,

Pois não sei ser sozinho.

Mais um ciclo a se completar, outro a iniciar,

Um quarto de um século,

25 anos a chegar.

Escrevo aqui sem muita pretensão,

Do quarto para o século,

Do papel contra a solidão.

Que o que escrevo agora

Se cubra de poeira

Ao passar do tempo, das horas.

Mas que nunca se apague,

Não do papel amassado,

Mas de todos que me amam de verdade.

Que o que escrevo agora

Seja semente

De uma nova aurora.

Mas enquanto não chega esse novo dia

Comemoraremos juntos

Esse momento de alegria.

Um brinde à nova idade,

Ao que há de bom,

À felicidade!

Um brinde, mais um brinde à felicidade!

Dezembro

Dezembro

Dozes meses em um ano

Trezentos e sessenta e cinco dias

Oito mil setecentos e sessenta (e seis) horas...

É tempo, é vida, é morte

São planejamentos,

São momentos.

Dezembro...

Inverno no hemisfério norte,

Verão no hemisfério sul.

Dezembro...

Trinta e um dias

Para encerrar mais um ano.

Dezembro...

É fim, é início...

Solstício.

Dezembro...

Falo de ti

Porque sou dezembro,

Mas também sou maio, sou outubro

Sou março, sou novembro também.

Sou trabalho, sou revolução,

Sou lutas: mulheres, negros

Sou o presente que não esquece o passado

Sou a esperança do futuro.

Dezembro...

Dia seis

De mil novecentos e oitenta e seis

Uma data a mais,

Mas de mim não sai.

Poema de Alcides Junior escrito em 05/10/11.

Mataram o ditador!

Mataram líderes

Como se esses ícones fossem o movimento.

Mataram o terrorista

Como se a morte deste devolvesse vidas.

Mataram o ditador

Como se exterminassem a opressão.

Mataram o algoz

Como se derrubassem todo o sistema.

Mataram o opressor

Como se ele sozinho oprimisse a todos.

Mataram o presidente

Como se desse um basta a espoliação.

Mataram o empresário

Como se aniquilassem com a exploração

Mataram personalidades...

No dia que aprenderem a matar um sistema político

Aprenderão a destruir o que lhes oprimem.

*Poema de Alcides Junior elaborado nos dias 21 e 24/10/11, poucos dias após do assassinato de Muamar Kadafi. 

Charge de Latuff @CarlosLatuff

A volta por cima do Santa Cruz Futebol Clube

Foto: @gilLUIZMENDES/ Twitter 

Depois de seguidos descensos do campeonato brasileiro de futebol, caindo da série A para a D em apenas 4 anos, do paraíso para o inferno. Naquele momento: 

      

“Chorei, não procurei esconder
Todos viram, fingiram
Pena de mim, não precisava”

E assim, muitos sorriram de nossa tristeza. Não sabem como é a dor de tantos insucessos consecutivos, podem até imaginar, mas não podem de forma alguma descrever. Se pensam que para nossa história foi uma página que deve ser esquecida eu digo: jamais!

“Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava”

Adeus a série D?

Arte sobre imagem da propaganda da Johnnie Walker.
Elaboração de Biel Henrique.

Dia 16 de Outubro de 2011, a partir das 16 horas no Estádio José do Rêgo Maciel, Recife/PE: “o jogo do ano” para o Santa Cruz Futebol Clube. Pela dramaticidade que envolve a partida, mesmo na famigerada quarta divisão do futebol nacional, sem dúvidas trata-se de um dos jogos mais importantes da história desse clube.

A ESPERANÇA DO MUNDO por Bertolt Brecht

Abro mão de minhas autorias para dar lugar a um poema de Brecht, uma das minhas inspirações.

Cenários de guerra

Segue mais um poema....

O Poeta e a Poesia

Mais uma poesia especial para o blog Mediações Críticas, dessa vez sobre a relação do poeta com a poesia.

NA DEFESA DE QUE VOCÊ SEJA VOCÊ

Ao ver notícias sobre a Parada da Diversidade de Recife comecei a refletir sobre os preconceitos, opressões e as mudanças previstas, escrevi essa poesia que publico aqui no Mediações Críticas, o título desta poesia é provocativo: Na defesa de que você seja você. Provocativo, pois há muitos que não aceitam que os outros sejam como eles são, e não apenas negam a identidade do outro, agem com intolerância, insultam, agridem e até matam, tudo em nome do "certo" que só existe para eles. Por mais que não nos identifiquemos com o outro devemos RESPEITÁ-LOS. Por isso é válido a luta dos gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, contra a opressão/discriminação em que vivem por serem o que são. Mas é preciso ir além, é preciso que seja uma luta anticapitalista. No capitalismo esse grupo pode até conseguir direitos e mais respeito - e vem conquistando isso -, mas todas as conquistas nessa ordem não mudam (substancialmente) as opressões, para tanto é preciso uma luta em prol de uma nova sociedade sem classes, sem opressões: a socialista!
Confiram a poesia:

Notícia comum

Inspiração ao assistir notícias em que a morte de alguém da periferia, o pobre, o preto é apenas mais uma notícia comum, é estatística. No entanto, na morte de alguém que tenha status, da classe dominante, até morte de velhice gera uma repercussão incrível. Eis a poesia:

Quem quer melhor remuneração?

Crédito: Nova Renda

Quem quer melhor remuneração?

Por Alcides Campelo A. Junior

Uma pergunta aparentemente simples, fácil de responder e provavelmente uma resposta será unânime: É óbvio que sim! Afinal, quem não gostaria de ganhar um pouco mais para ter melhores condições de vida?

Nem Flamengo, nem Corinthians: A mais fiel é a torcida do Santa Cruz

Escudos do Corinthians e Flamengo. Créditos: http://balancodovento.blogspot.com/

Flamengo e Corinthians podem até disputar quem tem a maior torcida do Brasil, mas a mais fiel, a mais apaixonada, a maior torcida em campo é a torcida do Santa Cruz.

UM FENÔMENO CHAMADO SANTA CRUZ F. C.

Crédito: Alcides Junior/Arquivo pessoal.

UM FENÔMENO CHAMADO SANTA CRUZ.

O motivo que me fez escrever esse texto foi uma postagem na comunidade do Santa Cruz F. C, sob o título de “perguntar aos coisentos não ofende”, o autor do tópico fala de que muitos dos torcedores do Sport nunca presenciaram um público de seu time tão grande quanto o do jogo da final do Campeonato Pernambucano de 2011. Fala ainda que o Santa Cruz desmoraliza qualquer instituto de pesquisa.

Se isso foi o ponto de partida para esse texto, digo que a inspiração vem da imensa massa coral.

Prólogo para mais um blog na internet ou primeiras mediações críticas

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Prólogo para mais um blog na internet ou primeiras mediações críticas

Por Alcides Campelo A. Junior

Considerações preliminares

Os homens e as mulheres se distinguem dos outros animais por uma série de fatores, Friederich Engels descreve um pouco como se deu O Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem (Escrito em 1876, acesse o texto na íntegra aqui) da seguinte forma: "Primeiro o trabalho, e depois dele e com ele a palavra articulada, foram os dois estímulos principais sob cuja influência o cérebro do macaco foi-se transformando gradualmente em cérebro humano — que, apesar de toda sua semelhança, supera-o consideravelmente em tamanho e em perfeição. E à medida em que se desenvolvia o cérebro, desenvolviam-se também seus instrumentos mais imediatos: os órgãos dos sentidos. Da mesma maneira que o desenvolvimento gradual da linguagem está necessariamente acompanhado do correspondente aperfeiçoamento do órgão do ouvido, assim também o desenvolvimento geral do cérebro está ligado ao aperfeiçoamento de todos os Órgãos dos sentidos"(grifos nossos), e continua em outro parágrafo do mesmo texto: "O desenvolvimento do cérebro e dos sentidos a seu serviço, a crescente clareza de consciência, a capacidade de abstração e de discernimento cada vez maiores, reagiram por sua vez sobre o trabalho e a palavra, estimulando mais e mais o seu desenvolvimento. Quando o homem se separa definitivamente do macaco esse desenvolvimento não cessa de modo algum, mas continua, em grau diverso e em diferentes sentidos entre os diferentes povos e as diferentes épocas, interrompido mesmo às vezes por retrocessos de caráter local ou temporário, mas avançando em seu conjunto a grandes passos, consideravelmente impulsionado e, por sua vez, orientado em um determinado sentido por um novo elemento que surge com o aparecimento do homem acabado: a sociedade".