Planícies abstratas
Em meio a sonhos e desejos
Que a realidade não retrata.
Abismos revoltosos
Durante festejos
Para todos os povos.
Pedregulhos colossais
Perdidos na estrada
Da busca da paz.
Minérios despreparados
Numa fuga retumbante
Para todos os lados.
Vegetais revoltosos
Esperam calados
Por dias gloriosos.
Vendavais decadentes
A lutar
Por momentos mais decentes.
Oceanos cansados
Deitam e dormem
Com pesadelos desesperados.
Temperaturas ressentidas
Engatinham nos poros abertos
Das feridas.
Terrenos celestiais
Colhem os frutos
Nada mais.
Latifúndios idiotizados
Sem cultura
Rasgam futuros e passados.
Icebergs infinitos
Norteiam velejadores
Sem espírito.
Rios afogados
Num desespero
Alucinado.
Nuvens dissolvidas
Presas aos mortos
Em nossas vidas.
Mapas proletários
E bússolas desempregadas
Almejam salários.
Planetas recalcados
Bradam por universos
Recalculados.
Geografias canibais
Recorrem às histórias
E poemas irreais.
* Poema elaborado por Alcides Junior no dia 23.07.2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário